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  • Foto do escritorMarcelo Camargo

O Leão agora é T-REX



Olá, Sou Marcelo Camargo, contador, economista e sócio da JCOM Contabilidade. Os controles dos fiscos estaduais e federais estão cada vez mais afiados e os cuidados que as empresas precisam ter com a contabilidade precisam ser ampliados para evitar surpresas desagradáveis no futuro.

A Receita Federal mantem no SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), em São Paulo, um Supercomputador, montado pela IBM nos EUA, chamado de T-Rex, capaz de processar informações com velocidade e precisão impressionantes. Esse computador opera com o software Harpia, desenvolvido por engenheiros do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e da Unicamp (Universidade de Campinas), capaz cruzar informações de um número de contribuintes maior que a população do Brasil e os EUA, juntos.

Com o uso desse supercomputador, processos que levariam até um ano, podem ser concluídos em até uma semana, aumentando a capacidade de fiscalização do fisco de forma avassaladora, cruzando com informações de outras fontes como Cartórios, Bancos e Imobiliárias. O Ministério Público, a Polícia Federal, Juízes, Estados e Municípios, tem acesso direto ao Banco de dados para suas investigações e fiscalizações.

O Banco Central também se equipou com um supercomputador, que fica no 5º subsolo do Banco, em Brasília. O “Hal”, como foi apelidado, guarda informações de transações bancárias de 150 milhões de contribuintes. Todas as contas que são abertas, encerradas ou movimentadas em qualquer banco no Brasil ficam armazenadas no banco de dados. No mundo existem dois computadores semelhantes, um na França e outro na Alemanha, mas nenhum tem a capacidade do brasileiro.

Com todo esse aparato tecnológico a disposição do Leão todo cuidado é pouco. Muitos empresários não compreendem os riscos que estão correndo e continuam adotando práticas perigosas, como venda sem documento fiscal, movimentação financeira da empresa em conta bancária da pessoa física, entre outras. Essas práticas muitas vezes são tomadas pela cultura de impunidade e sonegação e outras por desconhecimento e por falta de orientação do contador que presta serviço de péssima qualidade para oferecer preços muito baixos.

Engana-se aquele empresário que pensa que o fisco foca nas grandes empresas. As empesas optantes do Simples Nacional são 70% das empresas no Brasil e arrecadam cerca de 6% dos tributos, enquanto que as empresas do Lucro Real, que equivalem à 6% das empresas, respondem por 85% da arrecadação. Por esses números fica claro que a maior parte da sonegação está nas pequenas empresas e o Fisco pretende intensificar suas atuações sobre esse grupo de empresas.

Lembre-se também que o fisco tem 5 anos para cobrar um tributo não recolhido e que uma prática indevida realizada hoje pode ser identificada com mais facilidade no futuro, pois a tecnologia será ainda mais avançada. Portanto tome cuidado com a frase: “Sempre foi assim e nunca aconteceu nada” e verifique o trabalho de seu contador, pois é ele que entrega todas as suas informações para o fisco.

Marcelo Camargo

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